terça-feira, 30 de agosto de 2016
Relação entre a sua alimentação e a candidíase.
A candidíase vaginal é causada por um tipo de fungo e é um dos problemas mais frequentes entre as mulheres, seja aparecendo pelo menos uma vez ou de forma recorrente.
O desencadeamento da candidíase se dá por diversos motivos, como baixa imunidade, infecção leve ou moderada, uso contínuo de anticoncepcionais de alta dosagem, uso de corticoides, imunossupressores, antibióticos, mulheres portadoras de diabetes desconpensada ou resistência à insulina, alimentos alergênicos e o consumo exagerado de doces e de carboidratos com alto índice glicêmico (o açúcar é o principal substrato energético desse fungo).
Para a prevenção ou tratamento da candidíase é necessária uma terapia nutricional com algumas atitudes e mudanças de hábitos:
- Alho! Olha o alho aí de novo! Lembram que falei dele a semana passada? O alho tem ação fungicida, mas tem que ser consumido cru. Então ao invés de refogar o alho nas preparações, adicione ele no final. Pode também cortar alguns dentes e colocar dentro do vidro de azeite. Um cházinho de alho também é uma boa!
- Óleo de coco também auxilia no tratamento e prevenção.
- Cranberry tem ação antioxidante e inibe a adesão de fungos na parede do intestino.
- Gengibre também auxilia para diminuir a inflamação causada pelo fungo e tem antioxidantes.
- Probióticos e prebióticos. A suplementação de probióticos é uma estratégia muito eficaz no tratamento da candidíase e desordens intestinais, pois atuam no controle da proliferação dos fungos com consequente redução dos episódios de candidíase e na modulação do sistema imunológico para combater micro-organismos agressores.
EVITAR
- Uso de antibióticos e laxantes, pois destroem a microbiota intestinal. Se precisar usar um antibiótico, procure orientação de um nutricionista para associar seu uso com um probiótico, que auxilia na recolonização do intestino e reduz os danos causados pelo medicamento no intestino.
- Uso de antiácidos para melhorar a digestão, pois alteram o PH favorecendo o crescimento de bactérias e fungos. Se está com problemas de digestão, procure um médico e um nutricionista.
- Carboidratos simples e doces! O açúcar é o principal alimento deste tipo de fungo.
- Leite. É minha gente, talvez seja preciso tirar o leite por um período. MAS NÃO FAÇA ISSO SEM ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL!
- Amendoim, principalmente aqueles comprados a granel. O armazenamento deles por um longo período pode causar a proliferação de fungos.
Mais uma vez, uma alimentação variada e equilibrada pode prevenir e tratar diversas doenças, inclusive da candidíase.
Dra Mayra Montelato
Nutricionista
(13) 99177-7264
terça-feira, 23 de agosto de 2016
Os benefícios do alho para a sua saúde.
Já diziam as vovós, o alho além de dar aquele sabor gostoso na comida, ainda tem propriedades que fazem muito bem para a saúde!
O alho é fonte de vitaminas A, C, E, B1,B2 e B6 e em minerais como o ferro, selênio, enxofre, iodo e crômio.
Para obter os benefícios do alho, é preciso que ele seja consumido cru, então atenção para as dicas:
- Nada de refogar o alho, deixe para acrescentar ele nas preparações depois de prontas;
- Pique o alho e coloque dentro do vidro de azeite;
Para tirar aquele cheirinho de alho que fica na boca, você pode mastigar uma folhinha de hortelã.
Indicações terapêuticas do alho (sempre como coadjuvante):
- Bronquite crônica;
- Asma;
- Hiperlipidemia (colesterol alto);
- Hipertensão arterial leve e moderada (pressão alta);
- Sintomas de gripes e resfriados;
- Expectorante;
- Preventivo de alterações vasculares;
- Prevenção da aterosclerose.
Ao utilizar o alho para auxiliar no tratamento é necessário que alguns cuidados sejam tomados, pois é contraindicado para gestantes, pessoas com gastrite, úlcera gastroduodenal, hipertireoidismo, hipotensos, hipoglicemia, distúrbios de coagulação ou em tratamento com anticoagulante e no pré e pós operatório.
Pode apresentar também alguns efeitos adversos como ardência na cavidade oral e no trato gastrointestinal, náuseas, vômitos,diarreia, fadiga, vertigem, sudorese, decréscimo do hematócrito e da viscosidade sanguínea, por este motivo não deve ser usado no pré e pós operatório.
O alho como fitoterápico (medicamentos utilizados a partir de plantas medicinais) também possuí interações medicamentosas não desejáveis com alguns medicamentos como anticoagulantes orais, heparina, agentes trombolíticos, antiagregantes plaquetários e anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), pois aumentam o risco de hemorragias.
Nada de se medicar com alho e esperar por milagres! CONSULTE SEMPRE UM MÉDICO E/OU NUTRICIONISTA ANTES DE USAR PLANTAS DE FORMA MEDICINAL.
Dra Mayra Montelato
Nutricionista
(13) 99177-7264
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Consequências e perigos da introdução alimentar precoce
A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que até os 6 meses, os bebês devem ser alimentados somente com leite materno e somente após esta idade deve ser feita a introdução alimentar complementar alternando com o leite.
A alimentação complementar é definida como a alimentação no período em que outros alimentos ou líquidos são oferecidos à criança, em adição ao leite materno. Alimento complementar é qualquer alimento dado durante o período de alimentação complementar e que não seja leite materno. Os alimentos complementares podem ser preparados especialmente para a criança ou podem ser os alimentos consumidos pelos demais membros da família, modificados para atender às habilidades e necessidades da criança. O objetivo da introdução desses alimentos é o de fornecer energia, proteína, vitaminas e minerais quando o leite materno já não atende mais as necessidades do bebê.
No entanto, é comum vermos pediatras, avós, vizinhas, amigas, indicando que os bebês comam alimentos e/ou bebam água a partir dos 3 meses.
Mas por que não deve ser feita a introdução alimentar antes dos 6 meses?
A introdução alimentar precoce pode levar a um déficit nutricional e a enfermidades.
Vários estudos realizados inclusive no Brasil, apontam que a introdução alimentar complementar precoce aumenta a morbimortalidade (incidência de doenças e óbitos) infantil, devido a uma menor ingestão de fatores de proteção existentes no leite materno, além dos alimentos serem uma forte fonte de contaminação para os bebês que ainda não estão preparadas fisiologicamente para esse tipo de contaminação.
A introdução precoce dos alimentos pode desencadear uma série de complicações para o bebê, como aumentar o risco de alergias, doenças crônico degenerativas na vida adulta, episódios de infecções gastrointestinais, diminuição do tempo de duração do aleitamento materno - o que já vem sido dito a tanto tempo, em como o leite materno beneficia o bebê até a fase adulta - , interfere na absorção de nutrientes presentes no leite humano, aumento da vulnerabilidade para diarreias, infecções, desnutrição, atraso no desenvolvimento motor e mental, aumento do risco de obesidade e doenças cardiovasculares na vida adulta.
Alguns alimentos como ovos, mel (botulismo), leite de vaca, nozes, amendoim e peixe que são altamente alergênicos só são recomendados após 1 ano de vida.
Outro motivo para a introdução alimentar ser feita a partir dos 6 meses, é porque a partir desta idade que a maioria das crianças atinge um estágio de desenvolvimento geral e neurológico (mastigação, deglutição, digestão e excreção), que a habilita a receber outros alimentos (WHO/UNICEF, 1998).
A Organização Mundial da Saúde chegou ao consenso de que não há nenhum benefício que ultrapasse os riscos e as desvantagens da introdução alimentar complementar precoce antes dos 6 meses.
Mas e se o bebê toma fórmula infantil ao invés de leite materno?
A orientação é a mesma, a água que coloca na mamadeira para preparar o leite já supre a necessidade hídrica da criança. As fórmulas de leite artificiais possuem substâncias que imitam o leite materno. Não é igual, não tem os fatores de proteção, mas supre as necessidades nutricionais do bebê.
Por tudo isto, a mãe deve estar ciente e entender as complicações que podem se desenvolver, já que a alimentação da criança tem repercussão ao longo da vida!!!!
A família deve estar atenta à alimentação do bebê, para que seja no tempo certo e com os alimentos adequados para a sua faixa etária.
Essa é a forma de respeitar e priorizar o desenvolvimento saudável da criança e também de prevenir inúmeras doenças.
Dra Mayra Montelato
Nutricionista
(13) 99177-7264
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Como deixar o seu bolo caseiro mais saudável - Receita de bolo de maçã
Bolos caseiros, aqueles TOTALMENTE feitos em casa, já são saudáveis. Mas será que dá para ficar ainda mais saudável?
A resposta é sim!!!!
Você pode fazer algumas substituições simples e até baratas que deixarão seus bolos mais saudáveis!
As dicas que darei agora, servem para qualquer receita de bolo.
Dicas:
- Substitua metade da farinha branca por farinha de trigo integral. Se quiser deixar ainda mais saudável e com mais nutrientes, troque metade ou toda a farinha integral por farinha de aveia. A aveia tem fibras, assim como a farinha de trigo integral, porém reduz o índice glicêmico do bolo, tem mais zinco (mineral essencial para o crescimento e palatabilidade das crianças), auxilia na redução do colesterol, além de ser fonte de vitaminas do complexo B. Se não tiver farinha de aveia em casa ou não achar no mercado, é só bater a aveia no liquidificador!
- Reduza a quantidade de óleo ou manteiga. Se a receita pede 1 copo, coloque meio copo e observe como fica a massa. Dá para trocar o óleo de soja por óleo de canola, só que a receita fica um pouco mais cara. Mas é uma substituição bem legal de se fazer!
- Troque o açúcar refinado por açúcar mascavo e reduza a quantidade.
- Prefira fazer um bolo com frutas!
- Acrescente canela, castanhas ou nozes, dessa forma o bolo fica mais mais cheiroso, mais gostoso e nutritivo.
Ingredientes:
4 maçãs com casca
2 bananas
3 ovos
1/2 xícara de chá de óleo
1 1/2 xícara de chá de açúcar mascavo
1 xícara de farinha
1 xícara de aveia
1 colher de sopa de fermento
1 colher de sopa rasa de canela em pó.
Modo de preparo: Corte duas maçãs em cubos e reserve. As outras duas maçãs, coloque no liquidificador com as bananas, açúcar, óleo e ovos. Transfira essa massa para um recipiente e adicione as farinhas e por último o fermento.
Coloque em uma assadeira untada as maçãs cortadas e despeje a canela por cima delas. Coloque a massa por cima das maçãs e leve ao forno por aproximadamente 40 minutos, em forno pré-aquecido.
Dica 1: Se mora com poucas pessoas, faça metade da receita.
Dica 2: A receita pode ser feita também em formas de cupcake.
Dica 3: Congele fatias de bolo ou cupcake e coloque na lancheira das crianças ou leve de lanche para você.
Dica 4: Se gostar, polvilhe um pouco de açúcar com canela por cima do bolo.
Gostou?
Então compartilhe para que outras pessoas saibam também como deixar as receitas de bolo mais saudáveis.
Dra. Mayra Montelato
Nutricionista
(13) 99177-7264
A resposta é sim!!!!
Você pode fazer algumas substituições simples e até baratas que deixarão seus bolos mais saudáveis!
As dicas que darei agora, servem para qualquer receita de bolo.
Dicas:
- Substitua metade da farinha branca por farinha de trigo integral. Se quiser deixar ainda mais saudável e com mais nutrientes, troque metade ou toda a farinha integral por farinha de aveia. A aveia tem fibras, assim como a farinha de trigo integral, porém reduz o índice glicêmico do bolo, tem mais zinco (mineral essencial para o crescimento e palatabilidade das crianças), auxilia na redução do colesterol, além de ser fonte de vitaminas do complexo B. Se não tiver farinha de aveia em casa ou não achar no mercado, é só bater a aveia no liquidificador!
- Reduza a quantidade de óleo ou manteiga. Se a receita pede 1 copo, coloque meio copo e observe como fica a massa. Dá para trocar o óleo de soja por óleo de canola, só que a receita fica um pouco mais cara. Mas é uma substituição bem legal de se fazer!
- Troque o açúcar refinado por açúcar mascavo e reduza a quantidade.
- Prefira fazer um bolo com frutas!
- Acrescente canela, castanhas ou nozes, dessa forma o bolo fica mais mais cheiroso, mais gostoso e nutritivo.
Receita de bolo de maçã
Ingredientes:
4 maçãs com casca
2 bananas
3 ovos
1/2 xícara de chá de óleo
1 1/2 xícara de chá de açúcar mascavo
1 xícara de farinha
1 xícara de aveia
1 colher de sopa de fermento
1 colher de sopa rasa de canela em pó.
Modo de preparo: Corte duas maçãs em cubos e reserve. As outras duas maçãs, coloque no liquidificador com as bananas, açúcar, óleo e ovos. Transfira essa massa para um recipiente e adicione as farinhas e por último o fermento.
Coloque em uma assadeira untada as maçãs cortadas e despeje a canela por cima delas. Coloque a massa por cima das maçãs e leve ao forno por aproximadamente 40 minutos, em forno pré-aquecido.
Dica 1: Se mora com poucas pessoas, faça metade da receita.
Dica 2: A receita pode ser feita também em formas de cupcake.
Dica 3: Congele fatias de bolo ou cupcake e coloque na lancheira das crianças ou leve de lanche para você.
Dica 4: Se gostar, polvilhe um pouco de açúcar com canela por cima do bolo.
Gostou?
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Dra. Mayra Montelato
Nutricionista
(13) 99177-7264
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Entenda as curvas de crescimento infantil - Quando a criança pesa menos ou mais do que deveria?
O peso e estatura das crianças e adolescentes são determinados por inúmeros fatores, dentre eles a genética, fatores hormonais, nutricionais e psicossociais.
Acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança é uma forma de cuidar do seu estado de saúde, pois quando há alguma variação no padrão de crescimento, pode ser um indicativo de alguma desordem. Por isso, é de extrema importância que o nutricionista acompanhe o desenvolvimento infantil através das curvas de crescimento.
Toda pessoa que acompanha uma criança desde o nascimento ao pediatra, já deve ter visto uma curva de crescimento. Atrás da carteira de vacinação sempre tem uma e alguns pediatras anotam o crescimento lá. O problema é depois dos 2 anos. Alguém já viu algum pediatra acompanhando e anotando na curva o crescimento do seu filho?
Pois é... Sabe quem se preocupa com isso? O Nutricionista!
Aqui as curvas para quem nunca viu...
As curvas servem para monitorar o crescimento e peso da criança e do adolescente, elas nos dão um norte para saber qual conduta nutricional seguir.
A curva que usamos atualmente é a da Organização Mundial da Saúde (OMS), e foi feita através de um estudo com as crianças mais saudáveis do Brasil, a maior parte da região Sul do país. Por que esta informação é importante? Simplesmente, porque nem todas as crianças são tão saudáveis assim, porque nem todas foram amamentadas até os 2 anos de idade, porque nem todas tem alimentos saudáveis em casa...
Vocês acham que uma criança lá do nordeste do país tem o mesmo padrão de peso de uma criança do sul? Claro que não!
Existem as curvas que avaliam o peso para a idade da criança, o peso para a estatura, a estatura para a idade e o IMC para a idade. O ideal é que todas sejam utilizadas para fechar um diagnóstico nutricional.
Vou explicar como funciona a curva. A linha verde é o percentil 50, significa que 50% das crianças tem aquele peso ou comprimento/altura. O mesmo se aplica as demais linhas.
Agora vejam bem! O percentil 50 não é uma obrigação e nem meta! Temos que ter em mente que assim como os adultos tem pesos e altura diferentes, as crianças também.
E aí entra a questão do post, quando a criança está abaixo ou acima do peso?
A preocupação dos pais com o peso das crianças está no trend topics do que mais ouço. Seja porque está gordinho ou porque está muito mais magro que os amigos.
É natural, principalmente de nós mães, querermos comparar nossos filhos com o dos outros, o filho de fulana já anda, o da ciclana já fala, o da Maria não usa mais fralda e o da Nutri é muito magrinho rsrs!
Regra número 1: Não compare uma criança com a outra. Como disse logo no primeiro parágrafo, há diversos motivos que determinam o peso e a estatura de uma criança/adolescente.
Cabe ao médico/nutricionista, através do acompanhamento, da história do paciente, da história de peso e do crescimento, da alimentação, se fica muito doente ou não e até mesmo do padrão de sono, para assim verificar se esse peso e estatura estão fora da normalidade ou não!
Vou ilustrar aqui usando a curva do meu filho, para vocês entenderem o que é realmente importante analisar.
Abaixo temos a curva dele desde o nascimento até pouco mais que os 4 anos. Notem que ele sempre seguiu um padrão, sempre esteve ali perto do percentil 15, ou seja, bem abaixo do percentil 50.
(A curva dele tem muitas anotações, porque a mãe nutri aqui adora anotar TU-DO!)
A próxima curva é mais recente, e notem mais uma vez, ele continua com o mesmo padrão. Sempre ali no mesmo percentil.
(Essa eu fiz no computar para ficar mais fácil de enxergar!)
O peso e a estatura dele são assim devido ao fator genético! E ainda tem os fatores ambientais e alimentares que também influenciam no caso dele! Não adianta eu querer que ele esteja no percentil 50, não é o padrão dele. Ele é uma criança pequena, magra e que raramente fica doente.
Entenderam? O mais importante é que a criança mantenha-se no padrão dela mesma, sem grandes variações para mais ou para menos do esperado para ela.
A curva é um estudo de população, o nutricionista tem sempre em mente que aquela criança é única, com sua própria história e assim deve ser tratado.
Gostou da informação?
Então compartilhe para que mais pessoas possam ter esta informação também!
Dra. Mayra Montelato
Nutricionista
(13) 99177-7264
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