Esses dias eu estava conversando com uma mãe na fila de uma competição de nerf (mães de meninos entenderão) e ela estava me contando sobre seu filho com TDAH, sobre as dificuldades, os sintomas, como descobriu, os medicamentos e fiquei pensando... Será que as mães/pais sabem que também é possível melhorar os sintomas destes transtornos através da alimentação? Então resolvi falar sobre isso para ajudar. Se ao terminar de ler, você gostar e achar que este post poderá ajudar outras pessoas, por favor, compartilhe! Quanto mais informação as pessoas tiverem, melhor é o tratamento e a prevenção.
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um distúrbio de neurodesenvolvimento mais comumente diagnosticado na infância. Seus sintomas são: desatenção, impulsividade e hiperatividade. A hiperatividade infantil, com ou sem distúrbio de concentração e aprendizagem, tem como uma das suas principais causas desequilíbrios nutricionais, intoxicações por metais, carência de ácidos graxos essenciais e hipersensibilidades alimentares.
Estudos demonstram redução de 30% a 50% dos sintomas de TDAH em crianças após ações como dietas de exclusão de aditivos alimentares (corantes e conservantes artificiais) e consumo de alimentos fontes de ômega 3. Por outro lado, relacionam o aumento do nível de deficiência de atenção e hiperatividade ao consumo de açúcar simples.
É fato já provado que a alimentação da gestante e lactante influência em vários fatores relacionados ao desenvolvimento do feto e do bebê, assim como pode ter impacto sobre o desenvolvimento de sintomas de TDAH, onde a deficiência de nutrientes como zinco, ferro, magnésio, iodo e ácidos graxos essenciais, principalmente ômega 3/DHA, necessários para o desenvolvimento e função cerebral podem contribuir para aumentar o risco.
A deficiência de ferro está associada com diversos distúrbios neurológicos como desatenção, hiperatividade e impulsividade. Baixos níveis de zinco também podem favorecer a evolução do TDAH. A suplementação de cálcio, magnésio, ferro e vitaminas do complexo B têm demonstrado melhora no funcionamento mental e concentração.
Para promover a melhora dos sintomas alguns fatores devem ser modificados na alimentação de um portador de TDAH. A suplementação de ômega 3 e 6 têm demonstrado ótimos resultados na diminuição dos sintomas, assim como uma dieta com menor quantidade conservante, açúcares simples (presente nos bolos, doces, sorvetes e guloseimas) e maior teor de fibras (presente nos alimentos integrais, frutas, etc.) contribui para a concentração e diminuição da agitação.
A nutrição personalizada, ou seja, a nutrição com foco na prevenção por meio de uma alimentação balanceada e própria para cada tipo de patologia, pode oferecer respostas eficazes, pois trabalha diretamente na causa, por meio da terapia nutricional que corrige erros alimentares e promove um desenvolvimento menos dependente de medicamentos.
Dra Mayra Montelato
Nutricionista
(13) 99177-7264
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