Cólicas
ocorrem em cerca de 10 a 30% dos bebês e caracterizam-se por choro inexplicado
e irritabilidade. O choro é quase sempre inconsolável por mais de 2h por dia e
pelo menos 3x por semana. Geralmente se iniciam nas primeiras 2 a 3 semanas de
vida e desaparecem por volta do 3º mês.
Nos
últimos anos, estudos tem demonstrado que as cólicas dos bebês são resultantes
de uma resposta adaptativa e com causa multifatorial como, excesso de gases que
dilatam as alças intestinais causando dor, imaturidade do trato
gastrointestinal, hipermotilidade intestinal (movimentos acelerados e
descoordenados), ansiedade materna, estresse familiar, aspectos próprios ao
temperamento do bebê e por último a alimentação materna.
Não há
comprovação científica de que alguns alimentos como chocolate, amendoim, café,
refrigerante (esse a nutri recomenda retirar da alimentação, pois não faz bem
nenhum!), frutas cítricas, ovos possam causar as cólicas dos bebês quando
consumidos pelas mães. No entanto, é importante que a mãe observe, pois da
mesma forma que nós temos algumas intolerâncias alimentares, os bebês também
podem ter.
A prática
de eliminar alimentos da dieta materna além de poder causar deficiência de
vitaminas e minerais (é um período em que a mãe tem grande necessidade de
nutrientes), também causa preocupação à mãe, pois a deixa insegura e ansiosa
quanto à sua alimentação. É importante que antes de eliminar vários itens da
dieta materna, seja questionado as características da cólica, se os intervalos
das mamadas estão muito curtos (o que leva a sobrecarga de lactose e, consequentemente,
a flatulência) e se as técnicas de amamentação estão adequadas.
Sabe-se
que quando existe predisposição genética para quadros alérgicos de determinados
componentes do alimento, o bebê pode ser sensibilizado precocemente caso a mãe
inclua em sua dieta alimentos que o contenham. No entanto, a mãe que não tem
antecedentes pessoais ou familiares de alergias alimentares, não deve
restringir sua alimentação só pela queixa de cólicas do bebê sem antes ser
diagnosticado por um médico.
O uso de medicamentos antiespasmódicos,
antiflatulentos ou outros, além de ineficaz, expõe a criança a riscos
potencialmente graves. NÃO MEDIQUE SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA.Drª Mayra Montelato
Nutricionista
CRN3: 46911/P
Nenhum comentário:
Postar um comentário